Início da colonização no Ceará

Formação Administrativa do Ceará Colonial


* VICENTE PIZÓN - 1º navegador a chegar no Ceará;

* ANTÔNIO CARDOSO DE BARROS - O primeiro capitão donatário do Siará. Recebeu a terras por doação, mas nunca chegou a visitá-la e nem ocupá-la (quando pensou em visitar seu navio naufragou no litoral de Alagoas e ele morreu);

* PERO FERNANDES SARDINHA - 1º Bispo do Ceará (morreu no naufrágio, foi devorado vivo pelos nativos);

* PERO COELHO DE SOUSA - 1º europeu a ocupar de forma séria o território do Estado do Ceará; (fundou a colônia de Nova Lusitânia em 1603, após receber o título de capitão-mor). 

* MARTINS SOARES MORENO - Fundador do Ceará.


1535 – Capitania do “Siará Grande” (como era chamada a região correspondente as capitanias do Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão); administrada por Antônio Cardoso de Barros; mas a região não lhe despertou interesse.


1603 – Pero Coelho de Sousa liderou a primeira expedição àquelas terras; construiu o Forte de São Tiago, às margens do rio Pirangi (depois batizado rio Siará). Enfrentou índios locais que destruíram o Forte S.Tiago, migrando assim para o rio Jaguaribe, onde construíram o Forte de São Lourenço.

1607 - Chega os padres jesuítas pioneiros na colonização cearense: Padre Francisco Pinto e Padre Luiz Figueira.


1612 – Chega ao Siará o português Martim Soares Moreno, considerado o fundador do estado. Ele também se instalou às margens do rio Siará onde recuperou e ampliou o Forte São Thiago e o batizou de Forte de São Sebastião.


1637 – A capitania foi invadida por holandeses, enviados por Maurício de Nassau, comandada por George Garstman, que tomaram o Forte São Sebastião, mas que depois foram dizimados pelos indígenas.


1649 – Matias Beck, administrador holandês, lutou contra nativos, se instalaram nas proximidades do rio Pajéu, ainda no Siará, e construiu um Forte para abrigar sua tropa, conhecido como Forte Schoonenborch, embrião da atual cidade de Fortaleza;

OBS.: O posicionamento dos canhões do Forte Schoonenborch voltados para o interior, em vez de para o mar, refletia a preocupação com possíveis ataques de forças locais e resistências dos colonos ou indígenas aliados aos portugueses, que poderiam surgir do sertão. Durante a ocupação holandesa, a ameaça era maior a partir das forças terrestres, justificando a orientação defensiva voltada para o território em oposição aos ataques marítimos.


1654 – O Forte Schoonenborch foi tomado por portugueses, chefiados por Álvaro de Azevedo Barreto, e renomeado de Forte de Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção. No seu entorno, formou-se a segunda vila do Ceará, chamada de Vila do Forte ou Fortaleza. A primeira vila reconhecida foi a de Aquiraz.


1680 – Siará passou à condição de Capitania-Subalterna de Pernambuco, desligada do Estado do Maranhão. A questão que deixou a região em posição de subalternidade, era a de que para se chegar de Lisboa ao Maranhão e ao Pará era mais fácil por mar do que atravessando o sertão.


1726 – A vila de Fortaleza passou a ser oficialmente a capital do Ceará após disputas com Aquiraz.


1799 – A capitania do Ceará veio a alcançar a autonomia da Capitania de Pernambuco no fim do século XVIII, pela Carta-régia de 17 de janeiro de 1799.


1821 – Às vésperas da Independência do Brasil, a 28 de fevereiro de 1821, tornou-se uma província e assim permaneceu durante todo o período imperial.




A ocupação do território cearense ocorreu tardiamente, ao contrário da rape da ocupação do litoral açucareiro, iniciada no século XVI. Somente no século XVII o interior do Ceará seria ocupada pelos portugueses.

A colonização “tardia” do Ceará, em relação as capitanias de Pernambuco e Bahia, por exemplo, está relacionada aos fatores listados a seguir:

- As primeiras expedições que chegaram aqui passaram por muitas dificuldades, a maior, a resistência dos indígenas à colonização portuguesa, que impediria movimentações e reconhecimento efetivos do território;

- o donatário também não reconhecia as condições físicas e climáticas como positivas para a produção da cana de açúcar como nas demais regiões da colônia;

- O fato de o Ceará não estar inserido nas rotas das especiarias, do ouro ou das riquezas litorâneas;

- Os conflitos em função da pirataria e da presença de franceses e holandeses na região.



Guerra dos Bárbaros: Conflito longo e violento (1650 – 1720) que ocorreu em vários estados da região nordestina, como Ceará, Bahia, Pernambuco e Maranhão, com diversas tribos envolvidas como aliadas ou rebeldes.





MOVIMENTOS DE INDEPENDÊNCIA NO CEARÁ (século XIX)


 Revolução Pernambucana: No Cariri e, especialmente, à cidade do Crato - família Alencar teve maior liderança;
   
Na Região do Cariri Cearense, José Martiniano de Alencar, integrante de rica e poderosa família, leu na Igreja Matriz de Crato, mensagem de Pernambuco e proclamou a República.

• O primeiro partido político propriamente dito do Ceará, o Partido Republicano, liderado pela família Alencar, surgiu na Revolução Pernambucana de 1817, quando ocorreu a Proclamação da República, no Crato. 

• Na rica região do Cariri, onde a família Alencar gozava de largo prestígio, José Martiniano de Alencar leu na matriz de Crato uma mensagem que trouxe de Pernambuco e proclamou a nova república. A Revolução de 1817 se tornou, no Ceará, um movimento quase totalmente da família Alencar. José Martiniano recebeu o apoio de sua mãe, Dona Bárbara de Alencar, de seu tio, o Capitão Leonel Pereira de Alencar, de seu padrinho, o vigário de Crato Miguel Carlos da Silva Saldanha, de seus irmãos Tristão e Carlos e de numerosa parentela. 

 A Revolução Pernambucana foi uma das únicas revoluções antes da Independência, em que os revoltosos assumiram temporariamente o poder político. Apesar de sua existência efêmera e da derrota dos insurretos, a Revolução Pernambucana, que durou 75 dias em Pernambuco e 8 dias no Ceará, teve repercussão no movimento constitucionalista de 1821, na campanha da Independência de 1822 e na Confederação do Equador, de 1824. 

 Os revolucionários ainda venceram algumas lutas contra as forças militares, mas acabaram sendo vencidos, e seus principais líderes executados no Recife e em Fortaleza. Na capital cearense, o Passeio Público (antigo campo da pólvora) foi o local das execuções e enforcamentos desses líderes.




 SEDIÇÃO DE PINTO MADEIRA: conflito entre a vila do Crato, liderada por liberais republicanos (com maior destaque para a família Alencar), e a de Jardim, praticamente dominada por Pinto Madeira, de caráter absolutista e autoritário.

As duas elites locais disputavam pelo controle político do Cariri cearense. Por fim, os cratenses contrataram o mercenário francês Pierre Labatut e, reagindo com um exército formado por sertanejos humildes, renderam os jardinenses. Pinto Madeira foi julgado sumariamente no Crato, após ser considerado culpado pela morte do liberal José Pinto Cidade. 



"Confederação do Equador"


A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário iniciado em Pernambuco, em 1824, e que se espalhou pelo Nordeste contra o autoritarismo de Dom Pedro I.

Desde a Assembleia Constituinte de 1823, Dom Pedro mostrou seu autoritarismo, que se confirmou com a Constituição de 1824, que lhe garantiu amplos poderes.

Os revoltosos, além de se oporem ao imperador, eram defensores do regime republicano.

O principal líder da Confederação do Equador foi Frei Caneca.

As tropas imperiais derrotaram os revoltosos."


"Luiz Inácio de Azevedo, conhecido como Bolão (Bahia, 1785 - Fortaleza,  16 de maio de 1825) foi um revolucionário brasileiro republicano.

Natural da Bahia casou-se com Rosa Amaral do Azevedo em Aracati, Ceará. Veio para o Ceará durante o Governo de Costa Barros,  que se iniciou em um momento de agitação, no qual as Províncias reclamavam sobre a dissolução da Câmara e outorga da Constituição de 1824, que não satisfazia os interesses da Nação.

Azevedo Bolão apoiou o ideal republicano. Aliou-se às tropas de Tristão Gonçalves, onde passou a tomar parte no movimento revolucionário conhecido como Confederação do Equador."

A repressão foi violenta e resultou na execução de líderes Tristão Gonçalves.

- Aqui no Ceará se destacaram as cidades de CRATO - ICÓ - QUIXERAMOBIM



ECONOMIA DO CEARÁ:


⇨ PECUÁRIA

XVII - XVIII = A principal atividade econômica que consolidou a ocupação do sertão cearense nos séculos XVII e XVIII foi: A pecuária, com forte base na Civilização do Couro.

- A proibição de criação de gado em uma faixa de 10 léguas da costa, como forma de preservar essa área para a produção de açúcar, influiu no fluxo de pecuaristas que vieram ocupar o interior do Ceará;

- A criação de gado no Ceará contribuiu para a interiorização do território, com o surgimento de vilas e cidades ao longo das rotas dos vaqueiros;

- A partir da expansão pecuarista, o solo do Ceará foi esquadrinhado através de doações de sesmarias, tornando-se palco de sangrentas batalhas entre os fazendeiros criadores de gado e os nativos;

- A pecuária foi considerada atividade subsidiária da produção açucareira que avançava pelas terras litorâneas.


Principais fatores que contribuiu para a expansão da pecuária no Ceará:

- A demanda dos mercados consumidores do litoral açucareiro e da região mineradora;

- A facilidade na obtenção de sesmarias e de novas terras para criação de gado;

- A abundância de pastagens, especialmente durante a época das chuvas;

- O fato de o gado se auto-transportar, facilitando o deslocamento para os mercados consumidores. 

  • O povoamento no Ceará se intensificou a partir do século XVII, mas foi impulsionado principalmente pela PECUÁRIA;

  • Os portos de Aracati, Acaraú e Camocim funcionaram como centros de exportação (como carne salgada) e de recepção de produtos do exterior.

*A produção de charque contribuiu para a integração entre o sertão e o litoral do Ceará.


⇨ ALGODÃO

A cultura do algodão foi introduzida em toda a região Nordeste no final do século XVIII. 

Vale ressaltar que o gado representava a base econômica da região, porém somente o ciclo do algodão é que possibilitou a entrada de um significativo fluxo de capital para o Ceará. 

Os primeiros registros de exportação do algodão datam de 1810, durante o governo de Borba Alencar

- Naquele período, a Província começou a exportar fardos de algodão para a Inglaterra.


No final do século XVIII e início do XIX, o Ceará tinha vilas que se destacavam pelo seu desenvolvimento econômico. As mais prósperas nesse período eram Aracati, Icó e Sobral.

- Aracati era um importante porto e centro comercial, beneficiado pela produção de charque e, posteriormente, algodão. 

- Icó, por sua vez, era um polo pecuário e comercial do interior, com uma economia dinâmica ligada ao gado. 

- Sobral também se destacava como um centro de pecuária e, mais tarde, de algodão, com um bom desenvolvimento urbano e comercial.


Foi no Século XIX, especialmente a partir da década de 1860, a produção de algodão no Ceará ganhou grande impulso devido:

  • À Guerra da Secessão nos EUA (1861–1865), que reduziu drasticamente a exportação de algodão norte-americano para a Europa;
  • À Revolução Industrial, que aumentou a demanda do mercado europeu por algodão.

Isso favoreceu os produtores nordestinos, incluindo os do Ceará. Com isso, a indústria algodoeira se expandiu, e Fortaleza se destacou como o principal centro comercial da província, graças à sua localização, ao porto e à rede ferroviária em crescimento.


  • A produção de algodão cresceu no século XIX, favorecida pela Guerra da Secessão nos EUA e pela Revolução Industrial na Inglaterra, o que diversificou a economia cearense.
  • O crescimento da cultura algodoeira levou à centralização do comércio em Fortaleza, com melhorias portuárias e expansão da rede ferroviária estadual;
  • Foi nesse período que Fortaleza desbancou Aracati do posto de cidade principal do Ceará: o algodão substituía o charque em importância econômica;
  • A expansão da lavoura algodoeira incentivou o trabalho livre e semi-escraviazados, reduzindo progressivamente o uso de escravizados.


Porém, a Grande Seca (1877/78/79) interfere na agricultura do algodão. Fortaleza foi invadida pelas vítimas da estiagem e uma grande parte da população cearense emigra para a Amazônia contribuindo, assim, para o bom do primeiro Ciclo da Borracha. E a partir desta seca o Ceará passa a ser fator de atenção dentro da política nacional.

“Efeitos Colaterais” da seca de 1877 = A migração em massa de cearenses para a região amazônica.

 


ABOLIÇÃO DO CEARÁ

O CEARÁ foi pioneiro da abolição escrava. Existiram vários grupos que lutaram por essa causa, como exemplo:

- Entidade PERSEVERANÇA E PORVIR (1879)

- SOCIEDADE CEARENSE LIBERTADORA (1880)

- CENTRO ABOLICIONISTA (1882)

- SOCIEDADE DAS SENHORAS LIBERTADORAS (1883)

Outros aspectos que ajudaram no processo Abolicionista:

  • Lei Eusébio de Queiroz
  • Tráfico Interprovincial
  • A economia do Ceará não era baseada na mão de obra escrava
  • Formação de sociedades abolicionistas
  • Greve dos Jangadeiros (Dragão do Mar).


➞ As sociedades libertadoras (Surgiu em 25 de maio de 1870), como a Sociedade Libertadora de Baturité, a Sociedade Manumissora Sobralense e a Sociedade Cearense Libertadora (S.C.L.), surgiram com o objetivo principal de abolir a escravidão no Ceará. Elas estavam compostas, em sua maior parte, por membros das camadas médias e altas da sociedade cearense e desempenharam um papel fundamental no movimento abolicionista local. Essas sociedades usaram diversas formas de ação, incluindo a alforria de escravos e a disseminação de suas ideias abolicionistas por meio da imprensa e outros meios de comunicação.


MOVIMENTO DOS JANGADEIROS

Em 1881, foi deflagrada a Greve dos Jangadeiros, liderada pelo pescador Francisco José do Nascimento, conhecido como o “dragão do mar”. O movimento recusava-se a embarcar, no porto de Fortaleza, os escravizados que seriam enviados às províncias do sul.

O movimento dos jangadeiros em Fortaleza foi comemorado pela imprensa abolicionistas na Corte, que difundiu o epíteto “dragão do mar”.


Francisco José do Nascimento = Chico da Matilde = jangadeiro cearense = "Dragão do Mar"

- Sua ação contribuiu para a abolição da escravidão no Ceará em 25 de março de 1884.

- O Ceará foi a primeira província a abolir a escravidão, quatro anos antes da Lei Áurea.

- Seu túmulo, por muito tempo esquecido, foi redescoberto recentemente no cemitério São João Batista em Fortaleza.

- Autor da frase: “No Ceará não se embarca mais escravos”.


Data da abolição no Ceará:

  • 25 de março de 1884quatro anos antes da abolição nacional (Lei Áurea de 13 de maio de 1888).
  • Foi a primeira província brasileira a abolir oficialmente a escravidão.

Papel das sociedades libertadoras:

  • Atuação em várias cidades como Sobral, Baturité, Fortaleza e Aracati.
  • Organizações civis, formadas principalmente por membros das camadas médias e elites locais.
  • Exemplo: Sociedade Cearense Libertadora (1880), Sociedade Perseverança e Porvir, entre outras.

Ações realizadas:

  • Compra de cartas de alforria, libertação de escravizados, eventos públicos e articulação política.
  • Divulgação de ideias abolicionistas por meio da imprensateatroscomícios e manifestações culturais.

Apoio popular e engajamento político:

  • Forte participação de jovens, intelectuais, jornalistas e professores.
  • O movimento abolicionista cearense teve caráter organizado, ativo e mobilizador, diferente de outras regiões.

Importância simbólica:

  • O Ceará passou a ser chamado de "Terra da Luz", por ter sido o primeiro território a acabar com a escravidão.
  • A abolição na província influenciou o debate nacional e pressionou o império a avançar com reformas.



Primeira república (República velha) = 1889 - 1930

República Oligárquica = 1894 - 1930


Liga de Defesa PopularGanhou notoriedade no início do século XX ao reunir diversos segmentos descontentes com a hegemonia acciolista. Reunia forças civis e militares em prol da moralização da política e do combate ao clientelismo.


Revolta ou Sedição de Juazeiro 


Sedição de Juazeiro, foi uma revolta de caráter popular, embora liderada pelos coronéis da região, que ocorreu no sertão do Nordeste em 1914. A revolta foi liderada por Floro Bartolomeu, Nogueira Acióli e do Padre Cícero. Teve como epicentro a cidade de Juazeiro do Norte, localizada no sertão do Cariri (interior do estado do Ceará). 

Causas principais

Política de intervenções do governo federal nos estados, também conhecida como “política das salvações”, que interferia nas hegemonias locais que lhe eram contrárias.

Os coronéis do sertão do Ceará estavam descontentes com a interferência do governo federal na política do estado. Através da política salvacionista, o presidente Hermes da Fonseca interveio no governo cearense para diminuir o poder das oligarquias locais (coronéis). A intervenção tirou do poder a família Acyoli (tradicional e poderosa família da época).


Contexto histórico

  • A Sedição de Juazeiro ocorreu em 1914, no Ceará.
  • O movimento foi uma reação contra o governo de Franco Rabelo.

Liderança e participantes

  • Liderado politicamente por Floro Bartolomeu.
  • Contou com apoio de sertanejos, jagunços e seguidores de Padre Cícero Romão Batista.
  • Padre Cícero teve papel central na mobilização popular.

Objetivo do movimento

  • Derrubar Franco Rabelo do governo do estado.
  • Garantir a volta da oligarquia aciolina ao poder, grupo aliado de Padre Cícero.

Características políticas

  • Reflete a força do coronelismo, com grande influência dos líderes locais.
  • Mostra o clientelismo político, com trocas de favores por apoio.

Influência religiosa

  • A figura de Padre Cícero unia fé e política.
  • A liderança espiritual teve papel decisivo na adesão popular ao levante.




Seca de 1915:

As secas recorrentes no Ceará durante a República Velha tiveram consequências sociais graves, como a fome, a migração forçada e o aumento da pobreza. O Estado, incapaz de oferecer políticas estruturais eficazes, adotou medidas de controle social e contenção, COMO:
A criação de campos de concentração para impedir o avanço dos retirantes sobre Fortaleza.




INDÍGENAS

Ceará pré-colonial

O Ceará era habitado ancestralmente dois maiores troncos linguístico dos nativos: 

Tupi (Tabajara, Potyguara, Tapeba, entre outros)  

 (Kariri, Inhamum, Jucá, Kanindé, Tremembé, Karatius, entre outros)


Indígenas no Ceará: 56.353 pessoas que se declararam indígenas no Censo Demográfico 2022, divulgado pelo (IBGE).


Os cinco municípios com maior quantidade de pessoas indígenas:

Caucaia: 17.628 indígenas

Itarema: 5.115 indígenas

Maracanaú: 5.111 indígenas

Fortaleza: 4.948 indígenas

Monsenhor Tabosa: 4.861 indígenas



GOVERNO DAS MUDANÇAS


O "Governo das mudanças" no Ceará, liderado por Tasso Jereissate na década de 1980/90, é caracterizado por reformas neoliberais. Essa gestão focou na reestruturação administrativa e fiscal do estado, promovendo privatizações, como a do Banco do Estado do Ceará (BEC), e incentivando a modernização industrial com projetos como o Porto do Pecém. Essas ações buscaram atrair investimentos e melhorar a infraestrutura econômica do estado, alinhando-se a princípios de abertura ao mercado e eficiência pública.

Grandes privatizações, redução dos gastos públicos e aumento de arrecadação são medidas tipicamente associadas a governos que seguem a linha de pensamento neoliberal que busca reduzir a participação do Estado na economia causando em geral grande impacto sobre a economia e reduzido impacto social.